Como otimizar o teu blog para melhorar o desempenho do site
Vamos ser honestos, a otimização de conteúdo pode ser bastante aborrecida. E se fosse possível escreveres um artigo para o teu blog e publicá-lo sem teres de pensar nos termos de pesquisa, palavras chave e públicos-alvo?
Na verdade, não há nada que te impeça de publicar um artigo não otimizado no teu blog.
No entanto, se quiseres melhorar o desempenho geral do seu site com a ajuda dos artigos do teu blog e, por sua vez, melhorar suas classificações e gerar mais tráfego, a otimização não é uma etapa que tu queiras pular.
Quando executado corretamente, um artigo bem escrito e otimizado pode mesmo ajudar-te a aumentar as conversões e fazer a tua marca crescer mais rápido do que poderias imaginar.
Vou dar-te algumas dicas para que possas criar bons artigos de blog e como otimizá-los:
Ter uma estratégia
Para que os artigos do teu blog e, por sua vez, o teu site atraiam o tipo certo de público, tens de ter um plano que te ajude a escrever os artigos, otimizá-los para os termos de pesquisa e palavras-chave certas e atrair o público que tu desejas.
Um plano de marketing de conteúdo forte, é a base de qualquer campanha de sucesso, e aqui está como montar um:
Define um público-alvo: marketing para todos é igual a marketing para ninguém, é preciso teres cuidado ao selecionar o público que desejas atrair. Pensa no básico (como e quem o teu produto ou serviço pode ajudar alguém), mas certifica-te que és suficientemente específico (quantos anos essas pessoas têm, onde moram, o que gostam de assistir e ler etc…).
Define as tuas metas: muitos profissionais de marketing cometem o erro de definir uma meta como “publicar X artigos por semana”. Este é um objetivo que literalmente não te leva a lugar nenhum. Então, e se tu publicares cinco artigos? O que eles estão a fazer, esperam sentados? O objetivo geral do teu blog deve ser aumentar as conversões e melhorar o desempenho do seu site. A maneira de fazer isso é otimizar cada artigo para pesquisa o melhor que puder ou, alternativamente, promovê-lo tão bem que obtenhas uma grande quantidade de tráfego direcionado sem classificar organicamente. É por isso que deves escolher o teu público-alvo e palavras-chave meticulosamente.
Define os teus indicadores-chave de desempenho: com base no ponto acima, os teus KPIs (Key Performance Indicator) que incluem as seguintes métricas:
Número de visitas – para acompanhar quantas pessoas estão a ver os teus artigos (o teu objetivo é que esse número aumente constantemente).
Classificações – preferencialmente, deves alcançar pelo menos uma das primeiras três posições orgânicas para o conjunto de palavras-chave escolhido (caso estejas a promover o artigo, certifica-te de não parar de o promover depois que ele alcançou a primeira posição, a hipótese de perderes esse lugar é grande).
Tempo na página – se alguém visita a tua página, mas sai após alguns segundos, é um indicador claro de que tu não respondeste à pesquisa procurada; se acontece muito isso contigo, trabalha na qualidade do teu conteúdo.
Páginas por sessão – é importante que os visitantes permaneçam e explorem seu site, então, se eles apenas olharem para a página que abriram e saírem, convém repensar a maneira como incluis os teus links internos.
Conversões – naturalmente, as conversões são o teu objetivo final, portanto, certifica-te de as acompanhas corretamente (e de as ter definido corretamente, seja uma inscrição na newsletter, seja no preenchimento de um formulário ou uma compra).
Reúne os dados certos
Agora que já tens um plano, e antes de começar qualquer pesquisa e escrever um artigo real, é muito importante que tenhas os dados corretos disponíveis sobre o comportamento e os interesses do teu público-alvo. Se estás apenas a supor sobre as preferências e interesses deles, pode estar a comunicar com eles com a voz completamente errada ou de um ângulo completamente errado.
Para isso deves saber responder a estas perguntas:
Que tipo de artigo os teus concorrentes escrevem? Com que tipo de voz?
Quais são algumas das palavras-chave que os teus concorrentes usam e estão sucesso?
Quais as soluções que já estão disponíveis no mercado?
Que tipo de redes sociais teu público-alvo segue?
A lista pode literalmente continuar para sempre – mas espero que esses quatro exemplos de perguntas te tenham dado a ideia certa.
Procura respostas através do Google Analytics, Ahrefs, SEMrush ou Moz. Lembra-te de que nenhuma destas ferramentas te fornecerá números exatos, mas se escolheres uma e usares, sempre podes verificar o teu progresso.
Escolhe as palavras-chave certas
Se escolheres palavras-chave ou termos de pesquisa que nunca conseguirão chegar à primeira página de resultados de pesquisa, muito menos às três primeiras posições orgânicas, então não estas a melhorar métrica nenhuma. Embora seja perfeitamente normal ter vários artigos difíceis de posicionar, mas se forem interessantes de ler e que agreguem valor aos visitantes que chegam ao teu site, a maioria dos artigos deve trabalhar em torno de palavras-chave para as quais tu possas posicionar.
A chave para encontrar esses tipos de palavras-chave, está em observar duas métricas: volume de pesquisa e concorrência. O ideal é encontrar uma palavra-chave (que provavelmente será uma palavra-chave de cauda longa) que tenha algum volume de pesquisa decente, mas em que as páginas com classificação alta sejam aquelas que possas facilmente superar.
Certifica-te de que o teu site está à altura desta tarefa
Se queres que os artigos do blog que estás a escrever com tanto cuidado para melhorar o teu posicionamento e outras métricas de desempenho do site, tens de ter a certeza que o site pode realmente ter uma classificação melhor.
Aqui está o que precisas ter em mente:
Alojamento: se o teu site não estiver alojado num servidor rápido e seguro, ele nunca será capaz de superar concorrentes muito mais fracos. Faz um teste de performance no GTMetrix e analisa os comentários online acerca da empresa de alojamento e do servidor – o teu alojamento tem boa reputação e é confiável? Caso contrário, troca de empresa de alojamento assim que for viável e escolhe um, com tempos de atividade perfeitos e servidores convenientes.
Plataforma de gestão de conteúdo: o CMS que escolheres tornará a otimização e publicação dos teus artigos mais ou menos complicada. Sem dúvida, recomendo o uso do WordPress, não apenas por ser o CMS mais popular, mas porque os seus recursos facilitam o destaque da tua escrita da melhor maneira possível.
Design e layout: se o teu site for feio (sem ofensa), ninguém vai querer ler os teus artigos. Se for difícil navegar e encontrar coisas nele, as pessoas provavelmente não vão ficar. Certifica-te que o design seja leve (para que o site possa carregar rapidamente) e eficiente, intuitivo e alinhado com o produto ou serviço que estás a vender.
Não force as palavras-chave
Embora escolher as melhores palavras-chave seja importante, os dias em que as colocava sem sentido num artigo já eram. Na verdade, chegamos a um momento em que otimizar para uma palavra-chave ou conjunto de palavras-chave envolve mais do que escrever um excelente artigo sobre o assunto em questão, do que mencionar palavras-chave X vezes em Y palavras do artigo.
Sim, ainda és aconselhado a adicionar a palavra-chave ao título, e à descrição. Mas o mais importante é escrever bem e agregar valor.
Este é, sem dúvida, o desafio que a maioria das pessoas enfrenta: focar em SEO em vez de criar e escrever conteúdo. Além disso, é verdade que nem todos somos bons escritores, e comunicar pensamentos e ideias é mais fácil para uns do que para outros.
Para obteres uma posição de destaque para o teu blog, encontra um escritor (se tu não fores um) que possa escrever os teus tópicos em profundidade, oferece conselhos e informações reais, que farão alguém ficará feliz quando ler, e que possas usar no futuro. Não te preocupes muito com as palavras-chave: naturalmente conseguirás uma boa posição para uma grande parte delas.
Adicione as imagens certas
Os artigos do blog são tanto sobre recursos visuais quanto sobre palavras, portanto, tens de escolher as imagens com muito cuidado.
Opta sempre por imagens próprias se te for possível. As imagens do banco de imagens podem ter uma boa aparência, mas não são nada pessoais e personalizadas para a tua marca, e podem ser usadas por qualquer pessoa.
Outro ponto importante a se ter em mente é usar suas imagens para aprimorar o artigo, não apenas colocar qualquer coisa na tentativa de chamar á atenção. Ao escrever, tenta pensar sobre os tipos de imagens que funcionariam bem e faz anotações sobre elas. Não te esqueças de otimizar as imagens também, isso significa: adicionar sempre uma tag ALT, uma descrição da imagem e um título.
As tag ALT servem para informar os motores de pesquisa de que se trata a imagem, pois eles não veem as imagens como os humanos. As descrições de imagens são destinadas a fornecer mais detalhes sobre uma imagem, e este é um ótimo lugar para adicionar algumas palavras-chave relevantes (relevantes para a imagem, não para o artigo) para ajudar a classificar melhor a imagem.
O título da imagem é como o título de um artigo de blog: ele dá um nome à imagem. Além disso, certifica-te de que todos esses elementos descrevam a imagem real e que você não os esteja usando como um espaço para preencher suas palavras-chave.
Adicionar links internos
Os links internos não são apenas uma forma de direcionar o tráfego, eles também são uma forma de passar o valor do SEO de um artigo para outro e, mais importante, de um artigo de blog para as páginas de serviço e produto do teu site.
Assim como acontece com as palavras-chave, o principal conselho que te posso dar sobre links internos, é torná-los naturais. Não adiciones dezenas deles numa página, mas ao escrever um artigo, pensa na melhor maneira de mencionar alguns dos teus serviços ou produtos e cria um link a partir daí. Usa sempre âncoras de correspondência exata para esses links.
Atenção não queiras que os teus artigos se transformem num anúncio – ao falar sobre você e ao criar links para as tuas próprias páginas, concentra-te em fornecer soluções e valor, em vez de fazeres uma venda.
Não te esqueça da meta
Finalmente, existem os elementos reais de otimização sobre os quais nós profissionais de SEO adoramos falar: meta títulos, meta tags, meta descrições. Embora esses elementos já não sejam tão importantes como costumavam ser (numa altura em que adicionar palavras-chave aqui poderia aumentar significativamente a tua classificação), ainda precisas ter a certeza de que estes elementos estão bem escritos.
Podes usar um plugin como o Yoast para teres acesso a esses elementos facilmente e lembra-te: estás a escrever para as pessoas, não para os motores de pesquisa. O objetivo é que a tua meta descrição atraia visitantes, este será o excerto do seu artigo, que será visível nos resultados de pesquisa.
Adiciona as tuas palavras-chave aos teus títulos e tags, mas apenas uma vez, e de forma natural.
Conclusão
Como podes ver, a otimização de conteúdo é mais sobre valor e pesquisa do que mexer com meta elementos. Como a experiência do usuário se torna cada vez mais importante, não devemos cometer o erro de pular as boas práticas básicas de SEO.
Um artigo que fornece algo tangível geralmente sai-se melhor do que um artigo mal escrito, super otimizado e sobrecarregado.
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